sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS



Ao final de mais um ano a Divisão de Clínica Ginecológica / Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo deseja a todos os seus amigos, internautas, pacientes, colaboradores e familiares sinceros votos de Boas Festas e um auspicioso 2014, pleno de realizações. 


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Atualização científica relâmpago

Tratamento de fertilidade e nascimentos múltiplos nos Estados Unidos

Estudo conduzido pelo Centro de Controle de Doenças, por sua Divisão de Saúde Reprodutiva e algumas outras  grandes universidades americanas analisou o impacto das técnicas de reprodução assistida nos nascimentos múltiplos nas últimas quatro décadas. Na metodologia dados estatísticos nacionais desse tipo de evento, antes da introdução desses tratamentos foram comparados com os dados entre 1997 e 2011  (prévio entre 1962 e 1966, geral entre 1971 e 2011). Os resultados apontam, em resumo, que até 2011, 36% dos nascimentos de gêmeos e 77% de trigêmeos ou mais resultaram de reprodução assistida. Entre 1971 e 2009 a incidência de nascimentos de gêmeos cresceu a uma razão de 1,9. Os nascimento de 3 ou mais bebês aumentou com um fator de 6,7 entre 1971 e 1998 e declinou 29%  a 33% , entre 1998 e 2011, coincidindo com a redução em 70%  na transferência de 3 ou mais embriões durante os procedimentos de FIV, na última década.

ORIGINAL ARTICLE
Fertility Treatments and Multiple Births in the United States
Aniket D. Kulkarni, M.B., B.S., M.P.H., Denise J. Jamieson, M.D., M.P.H., Howard W. Jones, Jr., M.D., Dmitry M. Kissin, M.D., M.P.H., Maria F. Gallo, Ph.D., Maurizio Macaluso, M.D., Dr.P.H., and Eli Y. Adashi, M.D.
N Engl J Med 2013; 369:2218-2225 December 5, 2013

Genoma Humano aplicado às diferenças da doença renal crônica

Existem enormes diferenças na incidência da doença renal crônica entre afro-descendentes  e brancos. A doença renal hipertensiva é há muito tempo reconhecida como a causa principal da doença renal crônica entre os afro-descendentes. A incidência geral da doença em estágio final é maior entre 3,5 a 5 vezes mais nessa raça em comparação com a raça branca.  Na mesma linha, considerando pacientes HIV positivos afro-descendentes a nefropatia associada é 50 vezes mais frequente em comparação com pacientes brancos. Durante muitos anos essas diferenças foram estudadas com base em determinantes sociais, comportamentais, dietéticos e mesmo familiais (alto número de pacientes renais crônicos com parentes próximos em iguais condições, em diálise ou doença renal silenciosa, etc.  Um estudo recente contudo mostra o papel de uma Apolipoproteína L1  (APOL1) nessas grandes disparidades.  A presença de um alelo da APOL1 (uma das variações possíveis) é bastante frequente nessa raça. Ele confere proteção contra a doença do sono, causada pelo Trypanosoma brucei rhodesiense (ação lítica). Já a presença de dois alelos dessa apolipoproteína  favorece a doença renal crônica nessa raça.
O assunto, contudo, é bastante complexo, porque esse estudo levou em consideração as doenças renais crônicas em estágio final sem presença de diabetes, outro fator de grande risco para o problema e que também apresenta a mesma disparidade entre as duas raças. Nesse caso estudos iniciais dão conta da participação de alguns alelos do cromossomo 22.

EDITORIAL
Health Disparities in Kidney Disease — Emerging Data from the Human Genome
Winfred W. Williams, M.D., and Martin R. Pollak, M.D.
N Engl J Med 2013; 369:2260-2261December 5, 2013

ORIGINAL ARTICLE

Parsa A, Kao WHL, Xie D, et al. APOL1 risk variants, race, and progression of chronic kidney disease. N Engl J Med 2013;369:2183-2196

Editoria e pesquisa  Dr. Homero Guidi