segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Marcando sua consulta

Setor de Convênios e Particulares
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos s/n
Em frente ao Instituto de Ortopedia*
Telefone (11) 4177 6100
Email    agendamento.ss@hc.fm.usp.br  
Orientação- estando na Av. Enéas de Carvalho, que tem uma saída do Metrô Clíncas quase em frente ao Instituto da Criança e que nasce na Rua Teodoro Sampaio seguir em direção à Av Rebouças, pelo lado direito da avenida Enéas. Passar em frente à Faculdade de Enfermagem e descer na primeira rua,
uma curta avenida de duas pistas, até a primeira esquina, a esquerda, no encontro com a Rua Dr. Ovídio, de frente ao Instituto de Ortopedia (IOT) (veja mapa abaixo). 



domingo, 22 de agosto de 2010

Corpo Clínico do Setor de Convênios









Dra. Ana Maria Massad Costa


Dr. Guilherme Novita Garcia

Dr. Gustavo Arantes Maciel

Dr. José Alcione de Almeida

Dra. Laís Junko Yassuda Yamakami

Dr. Lucas Yugo Shiguehara Yamakami

Dr. Luis Carlos Batista do Prado


Dr. Miguel Torquato Alves

Dr. Nelson da Cruz dos Santos

Dr. Nilo Bozzini

Dra. Silvia Regina Graziani

Dra. Sylvia Asaka Yamashita Hayashida


Prof. Dr. Edmund Chada Baracat

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aulas do 3o. Ano Médico

Consulta Ginecológica - Anamnese e Exame Físico





Propedêutica no Prolapso Genital




Disfunção Menstrual



Patologia do Trato Genital Inferior




Propedêutica das Afecções Mamárias

Mioma Uterino

Prof. Dr. Nilo Bozzini
Dr. Rodrigo Borsari
Maio de 2010.

Comentário Editorial
Mioma é um problema ginecológico, no útero, muito comum. Nesse artigo com ilustrações reais todos os aspectos são abordados e explicados com grandes detalhes por especialistas da área.


Definição:

O mioma uterino é o tumor benigno (crescimento não canceroso) mais freqüente do trato genital feminino, apresentando sintomas principalmente nas mulheres entre os 30 e 40 anos. Pode ser único ou múltiplo e de diferentes tamanhos em diversas localizações do útero.

Localização:

O mioma recebe diversas nomenclaturas de acordo com o local do útero em que se encontra. O útero normal tem a forma de uma pêra invertida com um orifício (onde ficaria o cabinho da pêra) que vai até o centro do órgão, onde existe a cavidade do útero (chamada cavidade endometrial -local onde se implanta o óvulo fertilizado, que evolui para embrião e segue a gestação do bebê). O útero é um órgão muscular forte, espesso e elástico (na gravidez). Dividimos em corpo do útero, que corresponderia à parte mais larga da pêra) e colo do útero (que seria a parte mais afilada da fruta que estamos usando para comparação).

-Miomas que aparecem no corpo uterino podem se localizar nas seguintes partes:

Subseroso: localizado na camada externa do útero (na superfície da nossa pêra)
Intramural: localizado na espessura da musculatura uterina
Submucoso: localizado na cavidade endometrial
Pediculado: localizado externamente ao corpo, ligado ao útero por um pedículo (espécie de um cordão fino – primeiro exemplo na linha de figuras embaixo do desenho acima, parecendo um badalo de sino).
Intraligamentar: localizado entre os ligamentos de suspensão do útero e o ovário (que são dois e se localizam de cada lado do útero na sua parte mais larga, oposta ao colo do útero.


-Colo Uterino:

Localiza-se na porção interna ou de fora do colo do útero.


Porque os miomas aparecem e crescem:

As causas do surgimento e crescimento dos miomas não são bem conhecidas. Estudos demonstram que os hormônios femininos como o estrógeno e a progesterona, bem como outros fatores, produzem alterações no músculo do útero, implicando no desenvolvimento desse tumor.

Em quem aparecem mais os miomas:

Os miomas uterinos aparecem mais freqüentemente em mulheres na idade reprodutiva, na época em que a mulher geralmente têm filhos. Mulheres que tem poucos ou apenas um filho têm maiores chances de desenvolver o mioma.. Considerando as diversas etnias, temos um predomínio, um número maior de mulheres da raça negra com o desenvolvimento dos miomas.

Quais são os sintomas?

Geralmente as mulheres com miomas não sentem nada, na maioria das vezes. Os mioma que se localizam no meio da musculatura (intramural) e na parte interna do útero (submucoso) podem causar a maior parte dos sintomas, conforme explicado abaixo, um a um.

-Sangramento

O sintoma mais comum associado ao mioma uterino é a menstruação que fica irregular e maior (o fluxo menstrual desce em datas variadas, com intervalos diferentes e em grande quantidade). A gravidade do sangramento não se relaciona com o tamanho do mioma. O que determina isso é o lugar em que o mioma está. Podemos ter um mioma enorme no meio do músculo que não sangra e, ao contrário, podemos ter um mioma bem pequeno na superfície da cavidade interna do útero que sangra muito. A perda da coloração da pele (descorada, anêmica), o cansaço/fadiga e batedeiras no peito podem ser consequência da anemia, causada pela perda de tanto sangue que a mulher apresenta. .


-Dor

Pode aparecer dor na parte baixa da barriga. Pode ser cólica junto com a menstruação. Pode ser um peso junto ou não com a menstruação, que fica sempre ou aparece de vez em quando ou só na relação sexual. As vezes também pode existir dor na bexiga e na parte baixa do intestino quando o mioma é muito grande e aperta esses dois locais.

-Aumento do tamanho da barriga (aumento do volume abdominal)
Miomas muito grandes podem parecer com gravidez, aumentando bastante a forma da barriga. Geralmente os miomas desse tamanho são únicos.


- Esterilidade

Miomas que ficam próximos das tubas (um canal que existe em cada lado, na parte de cima do útero, por onde passa o óvulo que o ovário libera todo mês) podem impedir a gravidez. Os miomas que crescem dentro do útero também podem impedir que a gravidez evolua (não deixam o feto se fixar no útero) resultando em abortos repetidos.


Como se faz o diagnóstico do mioma? Como saber se tenho mioma?

O diagnóstico do mioma uterino é feito através da história da mulher na consulta ginecológica, junto com o exame físico geral, exame ginecológico e exames especializados, descritos abaixo:


- Ultrassonografia

O ultrassom é o exame de imagem mais importante no diagnóstico do mioma e pode ser realizado por duas vias: abdominal (através da barriga) e transvaginal (com o aparelho apropriado, pela vagina). Na maioria das vezes esse exame é suficiente para mostrar onde está o mioma, se é apenas um múltiplo, seu tamanho, etc. Em alguns casos são necessários outros exames para que o médico tenha mais informações para a programação do tratamento.


- Histeroscopia

A histeroscopia é um exame em que se utiliza um aparelho muito fininho (ótica) que permite visualizar o interior da cavidade do útero, entrando pelo orifício que descrevemos. Essa ótica é ligada a uma microcâmera, cuja imagem vai para um monitor. Esse exame é muito utilizado para o diagnóstico do mioma submucoso (embaixo da camada mais fina que reveste a cavidade do útero por dentro). A Histeroscopia Diagnóstica geralmente é realizada em ambulatório, com curta duração e permanência no hospital. As vezes a Histeroscopia pode ser também o próprio tratamento. Falamos então em Histeroscopia Cirúrgica, que é mais complexa, uma operação cirúrgica, sob anestesia geral, em centro cirúrgico, com equipamento mais sofisticado e em maior quantidade. Nem todos os casos podem ser tratados desse jeito.


Ressonância Magnética

A ressonância magnética é um exame em que se obtém imagens espaciais mais precisas do corpo através de um equipamento complexo e caro que usa o princípio da vibração das moléculas dos órgãos do corpo quando submetidas a um campo magnético. Ele está indicado nos casos de mioma mais complexos em que existe necessidade de um estudo mais aprofundado e mais detalhes em relação ao número, volume e posição dos miomas. Geralmente a ressonância é necessária em úteros com volume acima de 400 cc (mais ou menos um peso de 400 gramas; nos casos em que existam mais de 4 miomas ou durante o lanejamento de alguns tratamentos mais complexos.


Histerossonografia

A histerossonografia é um exame semelhante ao ultrassom, porém mais sofisticado com a utilização de um líquido injetado dentro da cavidade uterina para melhor avaliação da posição do mioma dentro da cavidade uterina.

Histerossalpingografia

Histerossalpingografia é um exame radiológico (radiografias com contraste). O contraste, injetado através do colo uterino, permite verificar se as tubas uterinas estão desentupidas (pérvias) nas pacientes com dificuldade para engravidar. Miomas localizados próximos as tubas podem ser os causadores da obstrução das tubas.

-Outros exames:

O exame de Papanicolaou (ou colpocitologia oncótica, ou apenas citologia oncótica – exame preventivo de câncer do colo uterino) não serve para fazer o diagnóstico do mioma, mas é indispensável para afastar a presença de outras doenças do colo do útero, inclusive o câncer desse local.
Os hormônios no sangue geralmente não estão alterados pela presença do mioma uterino. O hemograma é importante para avaliação a presença ou não de anemia pelo sangramento, em conseqüência do mioma. Os exames de sangue que verificam o sistema de coagulação também são importantes para eliminar a possibilidade de sangramentos fora do normal por falta de coagulação adequada do sangue, o que também pode dar menstruações exageradas.

Quais são os tratamentos dos miomas?

Acompanhamento

Muitas vezes o mioma não precisa ser tratado, apenas acompanhado com consultas e exames regulares. Geralmente é utilizado em mulheres sem sintomas, com miomas pequenos, com diagnóstico por acaso na ultrassonografia de rotina ou por outro problema de saúde. Também é utilizado para mulheres que estão prestes a entrar na menopausa, época em que muitos miomas regridem.


Tratamento Medicamentoso:

Medicações usadas para pacientes com diagnóstico de mioma uterino geralmente tem a finalidade de alíviar os sintomas identificados anteriormente, ou ainda, como preparo para futura cirurgia.

Outros medicamentos podem fazer regredir os miomas ou mesmo reduzir muito o seu volume e então não há necessidade de outros tratamentos; apenas o acompanhamento.
Muitos desses remédios cessam as menstruações o que pode ser muito útil nos casos de sangramento excessivo com anemia.

Tratamento Cirúrgico:

-Histerectomia:

É a retirada cirúrgica do útero. Pode ser total (retirada do corpo e colo uterino) ou subtotal (mantendo-se o colo do útero). Esse procedimento pode ser realizado por via vaginal, via abdominal ou por laparoscopia, dependendo do tamanho e da localização do mioma.

-Miomectomia:

É a retirada apenas dos miomas conservando-se o útero. Pode ser realizada por via abdominal, laparoscópica (para miomas localizados na superfície do útero – subserosos) ou histeroscópica (para miomas na camada interna do útero – submucosos).

Embolização:

A embolização é uma técnica conservadora (que não retira o útero) relativamente recente, executada através de cateterismo da artéria femoral (pequeno cateter inserido pelo sistema arterial na virilha). O catéter por controle radioscópico (imagem) vai até as artérias uterinas e com a utilização de um material apropriado provoca o entupimento do vaso sanguíneo, interrompendo o fluxo de sangue que irriga o mioma. É indicado e acompanhado pelo ginecologista e realizado pelo radiologista intervencionista, em casos muito selecionados. A efetividade não é totalmente garantida e as vezes há insucesso que motiva outro tipo de tratamento.

Mioma e Infertilidade

O mioma raramente é a única de infertilidade (incapacidade do casal obter uma gravidez e ter um filho). Mulheres sem filhos, apesar de tentarem engravidar, sem sintomas e que têm mioma, a principio não necessitam de tratamento do mioma em si. O tratamento do mioma está apenas indicado dependendo da localização e volume do mioma.


Mioma e Gravidez

Pacientes grávidas portadoras de mioma geralmente podem ter a gestação inteira e normal, com parto no tempo certo, sem complicações. No entanto, devem ser orientadas durante o pré-natal para fazerem mais repouso, tendo em vista maior chance de abortamento nos primeiros três meses da gravidez e também a possibilidade de iniciar o parto prematuramente no final da gravidez (últimos três meses).
A indicação do tipo de parto depende mais uma vez da localização e tamanho do mioma.


Qual o melhor tratamento?

Só o seu ginecologista pode avaliar o seu caso. O melhor tratamento é aquele que é o melhor tratamento para o seu caso em particular.

Pacientes jovens portadoras de miomas sem sintomas, geralmente podem ser acompanhadas clinicamente. Na fase em que forem ter filhos, para as que se apresentam com sintomas e desejo de gravidez está indicado o tratamento conservador (sem retirar o útero, que impediria a gravidez), através da miomectomia. É importante considerar que neste tipo de tratamento há chance de volta da doença depois.

Em mulheres com os filhos já nascidos a histerectomia (retirada do útero) deve ser considerada, sendo essa técnica o único tratamento definitivo.

Ilustrações



Ultrassonografia mostrando um mioma, na parte inferior da figura projetando-se dentro da bexiga (na ultrassonografia as parte esbranquiçadas são os tecidos sólidos – a parte negra é líquido (urina)). Note que a bexiga que deveria ser arredondada tem uma formação (mioma) tornando-a uma meia lua de cabeça para baixo.




– Útero exposto e aberto com retirada apenas do mioma no meio da parede do útero (estrutura central com várias pinças – mioma).



- Tratamento medicamentoso - Análogos hormonais em casos específicos



-– Histerossalpingografia – Note os ossos da bacia e no centro da figura o contraste (fortemente branco) mostrando a acavidade uterina e a tuba afilada, pérvia do lado direito do corpo da paciente ( em Medicina, direito e esquerdo se referem sempre a uma pessoa que estamos olhando de frente – dizemos a mão direita da paciente, o lado direito da paciente e não a nossa referência que estamos olhando).



- Imagem de ressonância nuclear magnética de paciente com mioma uterino.



- Exame histeroscópico - Mioma submucoso.



- Grande mioma - volumoso a ponto de sugerir estádo gravídico em paciente jovem.



- Esquema dos tipos de mioma (em negro) de acordo com a localização. Em vermelho está a parte muscular propriamente dita do útero

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Nota do Editor do Portal - Alerta

A Internet não é médico.

As informações aqui contidas destinam-se única e exclusivamente para servir de referência e fonte de consulta sobre saúde e conhecimentos gerais da saúde. Os leitores são fortemente desencorajados a não se auto-diagnosticarem ou se auto-medicarem diante de qualquer situação, mínima que seja. Utilize as informações como um complemento dos seus conhecimentos e como auxiliar durante a sua consulta médica com um profissional médico, para realizar o seu diagnóstico e tratamento adequados.

Os artigos assinados publicados nesse site não necessariamente representam a opinião e/ou posição oficial da Disciplina e Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo de inteira responsabilidade dos seus autores, notadamente no que concerne a recomendações terapêuticas, doses, efeitos colaterais, resultados cirúrgicos, etc.
Protocolos e diretrizes que sejam consenso e representem condutas oficiais da Clínica estarão sempre referidas como tal, mesmo que de autoria de algum médico incumbido da tarefa de relator do tema.

Dr. Homero Guidi
Maio 2010


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Comentários e Reflexões sobre o novo Código de Ética Médica

Dr. Nelson da Cruz Santos
Maio de 2010

Comentário do Editor

A profissão médica tem suas origens na antiguidade, notadamente na Grécia Antiga sofreu grande influência da Filosofia e dos princípios éticos que permeia a Sociedade Ocidental. Recentemente o Código de Ética Médica, um conjunto de normas a que todos os médicos estão sujeitos, sob juramento, sofreu uma revisão e modificações visando atender novas demandas dos tempos modernos.
O Dr. Nelson da Cruz Santos, ginecologista, já foi durante anos Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e atualmente é presidente da Comissão de Ética do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Nesse artigo faz alguns comentários pessoais sobre as modificações que foram feitas. É o primeiro de uma série de artigos nessa linha, sobre a Ética entre o Médico e a Paciente, dele e de outros integrantes da nossa Clínica.


No último dia 13 de abril entrou em vigor o novo Código de Ética para os médicos do Brasil.

O novo código traz algumas novidades referentes a temas de interesse da sociedade destacando-se a não utilização de tratamentos desnecessários, a oferta de tratamentos paliativos nas doenças terminais, além de novas orientações sobre as novas técnicas de reprodução humana. Esse novo código também já trata de vários aspectos relacionados com os temas de terapia genética, que começam a ser utilizados na prática médica e mostram-se promissores num futuro bem próximo.

O primeiro tema relacionado com a não utilização de tratamentos/terapêuticas desnecessárias e/ou inócuas que possam trazer sofrimentto e até mesmo desconforto ao paciente, vai trazer a necessidade de uma nova abordagem na comunicação com os pacientes e seus familiares sobre situações de insucesso ou de doenças terminais. Nessas situações haverá a necessidade de médicos e pacientes discutirem não só as possibilidades de cura, mas também as de insucesso e morte, o que não é agradável para nenhuma das partes e, principalmente para o médico, que é doutrinado durante toda a vida acadêmica, para buscar sempre até o quase impossível, a cura do seu paciente, sempre interpretando o insucesso como uma derrota dolorosa. Pelo código atual haverá uma ponderação maior no sentido de se evitar procedimentos, que devidamente explicados, serão reconhecidos como ineficazes e até desnecessários em determinados casos, trazendo mais transparência e realidade nessas situações dolorosas.

O paciente deverá expressar nos termos de consentimento pós-informado, um documento em que são explicados os riscos, os efeitos colaterais prováveis, a autorização de procedimentos propostos, cirurgias, etc., os seus desejos e vontades, quando se apresentar a situação triste da terminalidade da vida. Um assunto delicado no qual o próprio paciente poderá antecipadamente expressar a sua vontade se ocorrer a situação referida. Isso se traduz por um respeito direto ao paciente e alivia a responsabilidade da família e também do médico numa hora tão difícil para todos.
Essa discussão prévia, evitará muitos conflitos e interpretações distintas, porque o que irá prevalecer em última instância é a vontade soberana do paciente.Éextremamente doloroso ver um ser humano no final da vida, ficar isolado dentro de um ambiente artificial e hostil como acontece diariamente nas nossas UTIs (Unidade de Terapias Intensivas).

Este esclarecimento prévio, poderá ajudar muitos pacientes e familiares nas suas decisões. Muitas vezes é muito mais humano morrer cercado de seus familiares queridos, não importando o local onde está , com todos os meios terapêuticos que aliviem o seu sofrimento, destacando-se desse modo a ação importante do médico na prescrição e orientação de tratamentos paliativos, dando conforto, evitando a dor, e, muitas vezes um prolongamento inútil da vida com uma profusão de aparelhos num ambientes em que o paciente perde totalmente a sua dignidade como ser humano nos seus últimos momentos.
Esta orientação já faz parte da Lei 10.241 do Estado de São Paulo, e agora também está inclusa no novo Código de Ética Médica.

Quanto a normatização para as técnicas de reprodução assistida e terapias genéticas estas se faziam esperar por que a ciência anda sempre à frente da lei e necessita ser de alguma forma regulamentada dentro dos limites da ética, evitando-se os exageros e impedindo o desvirtuamento do avanço científico, seja com fins comerciais, de eugenia ou interesses frívolos.

Nos artigos do código que tratam desta peculiaridade estão normatizadas as técnicas a serem utilizadas e os limites recomendados, proibindo-se terminantemente, criar seres humanos genéticamente modificados, embriões com a única finalidade para objeto de estudo, da escolha de sexo, etc. Além disso preconizam que as técnicas de fertilização não devem sistematicamente conduzir à produção de embriões supra-numerários, o que leva ao dilema de descartar embriões desnecessariamente e/ou aumentar o risco de gravidez múltipla, na medida do possível.

Fica tambem proibida ação sobre células germinativas que resulte na modificação genética da descendência, bem como a ação sobre o genoma humano, objetivando a sua modificação, exceto nos casos de tratamento de doenças genéticas, que engatinha.

Se para a sociedade, como um todo, o novo Código trouxe avanços para o médico em geral nada avançou, manteve a figura de desagravo público quando o médico for atingido na sua profissão, figura esta quase nunca requerida pela inocuidade que tem.
Quanto à defesa dos honorários profissionais manteve a retórica do antigo código, que em nada ajuda os profissionais médicos assalariados a terem salários compatíveis com a responsabilidade que sua atividade requer. Nesse assunto pouco se avançou, continuando como um fator de descontentamento generalizado face às profundas modificações por que passou o médico, de profissional liberal a assaliarado ou prestador de serviços.


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INCONTINÊNCIA URINÁRIA - 10 pontos essenciais.

Dra. Laís J. Yassuda Yamakami
Maio de 2010

Comentário do Editor:

Chamamos incontinência urinária quando a paciente perde urina sem querer, ao fazer força, tossir, espirrar ou mesmo estando quieta e sentada, quando sente uma vontade muito forte que não dá tempo de chegar ao banheiro.
Abaixo, a Dra. Laís Yamakami, do Grupo de Uroginecologia e Disfunção do Assoalho Pélvico, lista 10 pontos essenciais sobre o assunto, que você também poderá encontrar em outros artigos nesse mesmo site, aumentando seus conhecimentos sobre o assunto que é muito mais frequente do que imaginamos.



1- A perda de urina é um sintoma desagradável que deve ser investigado e tratado, já que pode causar grande incômodo e impacto na qualidade de vida das pacientes.

2- Existem alguns problemas que podem causar incontinência urinária, sendo a maioria de origem benigna.

3- A infecção urinária pode ser uma causa ou um agravante de incontinência urinária.

4- A incontinência urinária pode ocorrer também por alterações na uretra – canal da urina - ou no músculo da bexiga.

5- A investigação da incontinência urinária começa com exames mais simples, como a cultura de urina, podendo ser necessários exames mais complexos, como o estudo urodinâmico.

6- O estudo urodinâmico é o estudo do funcionamento da bexiga e da uretra e pode ajudar a determinar a causa da incontinência urinária.

7- Dependendo da causa, existem formas diferentes de tratamento, como fisioterapia, medicamento e cirurgia.

8- A fisioterapia é uma forma de tratamento simples que pode ter bons resultados em certos casos.

9- Os medicamentos apresentam boa eficácia quando se trata de problemas no músculo da bexiga.

10- Existem alguns tipos de cirurgias para incontinência urinária, sendo mais empregadas, atualmente, as técnicas minimamente invasivas, em que é feita a passagem de uma fita de tecido sintético para reforçar o canal da urina pela vagina.

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TPM - Tensão Pré-Menstrual - 10 Pontos essenciais

Dra. Mara Diêgoli
Maio de 2010

Comentário do Editor
Nos últimos anos a tensão pré-menstrual tornou-se conhecida por referências as vezes debochadas e pouco sérias na televisão e nos meios de comunicação. Antes de ser apenas um estado de espírito ou mau humor, a TPM é algo muito mais complexo e deve ser encarada com seriedade no seu diagnóstico e tratamento. Nesse artigo a Dra. Mara Diêgoli resume 10 pontos essenciais do assunto para que você se informe um pouco a respeito desse problema que abala a vida de muitas mulheres, reduzindo-lhes a produtividade e qualidade de vida.



1-O que é TPM ou Tensão Pré-Menstrual? Quantos dias ela dura?

Muitas mulheres podem apresentar, alguns dias antes da menstruação, uma série de sintomas, tais como irritabilidade, depressão, choro fácil, cansaço ou dores nas mamas, pernas e barriga que freqüentemente passam desapercebidos e desaparecem com a menstruação. Mas quando estes sintomas tornam-se mais intensos, passando a prejudicar as suas atividades do dia a dia, ou o seu relacionamento com as outras pessoas, fique atenta, pois você pode estar com TPM ou tensão pré-menstrual.
A TPM pode aparecer um a quinze dias antes da menstruação, mas os sintomas são piores 24 horas antes de iniciar o sangramento menstrual

2-Quais os sintomas da TPM?

• irritabilidade ou nervosismo; ansiedade ou tensão;
• depressão ou tristeza; choro fácil ou chorar sem motivo aparente;
• desânimo ou falta de vontade de fazer coisas; fadiga ou cansaço;
• agressividade ou vontade de agredir , bater;
• dor de cabeça ou enxaqueca; dores no corpo;
• dor ou inchaço nas mamas, pernas e barriga;
• aumento de apetite; vontade incontrolável de comer algo doce;
• insônia ou falta de sono; confusão ou esquecimento;
• obstipação intestinal ou prisão de ventre;
• diminuição da libido ou falta de vontade de ter relação

3-Como saber se tenho TPM?

Para isto anote diariamente em um calendário tudo o que você estiver sentindo ao longo do dia. Faça isto durante dois meses seguidos, sem esquecer de anotar os dias da menstruação.
Agora observe as suas anotações e verifique se os sintomas aparecem alguns dias antes da menstruação e se desaparecem com ela. Se isto estiver ocorrendo, então você tem TPM. Se os sintomas persistirem após o término da menstruação, então não é TPM. Qualquer doença pode piorar nos dias que antecedem a menstruação.

4-De que forma a TPM afeta a vida das mulheres ?

Durante a TPM as mulheres ficam mais irritadas, agressivas e isto pode criar problemas nos relacionamento profissionais ou sentimentais. Muitas vezes elas terminam o namoro ou pedem demissão do emprego nestes dias. Por outro lado, a dor de cabeça e a depressão acabam obrigando a mulher a faltar no serviço, e isto repercutirá de forma importante nas atividades profissionais.As dores físicas e a baixa auto-estima prejudicam o desempenho, diminuindo a produtividade.

5-Existe tratamento para a TPM?

Sim, existem vários tratamentos para a TPM. A escolha do tratamento dependerá do tipo de sintoma que você estiver sentindo e da intensidade do mesmo.
Por exemplo: se você tiver uma discreta dor de cabeça o tratamento será diferente da mulher que tiver muita irritabilidade e ansiedade.

6-Quando é necessário tratar a TPM?

A TPM não é doença, mas o seu tratamento pode melhorar muito a qualidade de vida da mulher e daqueles que convivem com ela. Ninguém deve usar a TPM como justificativa para atitudes malcriadas ou agressivas. Sempre que cometê-las deve-se desculpar e se não conseguir evitar os sintomas com as medidas acima descritas, convém procurar tratamento especializado
O tratamento da TPM deve ser feito sempre que os sintomas estiverem interferindo no desempenho profissional, social e familiar.

7-O que posso fazer para diminuir os sintomas da TPM?

-Nos dias que antecederem a menstruação passe a policiar-se. Antes de qualquer reação de que possa se arrepender depois, pare e pense. Se puder, saia e caminhe, faça compras, vá ao cinema ou, se preferir, aproveite para fazer alguma arrumação.

-Redobre a vigilância se o problema estiver no trabalho. Lembre-se de que qualquer atitude intempestiva pode acabar em demissão. Concentre-se mais ainda no que está fazendo e deixe para tomar uma atitude com calma, após a menstruação.

-Evite compromissos importantes nos dias de TPM.
Adie decisões nestes dias.Caso seja impossível adiar o compromisso, muito cuidado com as palavras. Fale o menos possível, devagar evitando a todo custo entrar em qualquer discussão.

- Faça exercícios.
Os exercícios físicos reduzem a tensão, a depressão e melhoram a auto-estima.

-Perca alguns minutos a mais arrumando-se.
" Perca alguns minutos na frente do espelho, produzindo-se. Uma roupa mais alegre, jovial e um rosto com uma pintura discreta deixarão você mais bonita e se sentindo mais autoconfiante.

-Cuidados com a dieta.
A dieta deve ser equilibrada, com pouco açúcar , e muitas verduras e frutas;
Evite: café, sal, doces e alcool.
Existem vários tratamentos para a TPM que só o seu médico poderá individualizar para o seu caso específico. Eles podem incluir vitaminas, calmantes, analgésicos, antidepressivos e outras modalidades de terapia. Não se auto-medique. Procure ajuda especializada com sua ginecologista.

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O Câncer da Mulher

Prof. Dr. Jesus Paula Carvalho
Junho de 2010

Mulher também tem câncer. Assim como os homens. Em todos os órgãos e em todas as partes do corpo.

Mas quando o câncer atinge o útero, os ovários ou os órgãos sexuais, a doença ganha outra dimensão.

Junto com a ameaça à vida, existe outra ameaça, por vezes até maior no sentimento da mulher: a ameaça à auto-estima da mulher.

No ovário está a fonte da vida. No útero, o primeiro abrigo do Ser Humano. Nos órgãos sexuais, a capacidade de amar e ser amada.

No conceito de muitos leigos, o indivíduo é quem faz o câncer.
E na presença inexorável da doença, surgem as perguntas inevitáveis nem sempre manifestas em palavras: o que foi que eu fiz de errado? por quê isto aconteceu comigo?

Tratar o câncer da mulher é também lidar com estas questões.

O câncer do colo do útero, o mais freqüente em nosso meio depois do câncer de mama, é conseqüência de múltiplos fatores, sendo o principal deles a infecção pelo papilomavirus humano (HPV), contraído nas relações sexuais.

Isto quase todo mundo sabe.

O que pouca gente sabe é que o HPV infecta praticamente todas as mulheres no inicio da sua vida sexual e desaparece sem deixar vestígios algum tempo depois. Apenas algumas mulheres desenvolvem a doença.

Não há motivos para culpas ou constrangimentos pelo fato de ter uma doença adquirida nas relações sexuais. A mulher com câncer no colo do útero é tão digna quanto a que não o tem. E provavelmente igual em muitos aspectos nas suas práticas e desejos sexuais. O aparecimento do câncer não é um castigo inexplicável, nem motivo para negar a feminilidade ou a sexualidade. É algo que pode acontecer com pessoas normais.

Outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da doença e dentre eles o tabagismo. Mulheres que fumam têm até treze vezes mais chance de persistirem com o HPV no trato genital quando comparadas com as que não fumam.

O mais importante, todavia são os exames rotineiros que podem diagnosticar o câncer muitos anos antes que ele apareça no colo do útero, e cujo tratamento nesta fase precoce pode ser feito em poucos minutos, numa simples consulta ginecológica.

O câncer do corpo do útero é um pouco diferente. Ocorre em mulheres que não conseguiram engravidar ou que tiveram poucos filhos.

O fator mais importante neste tipo de câncer não é a incapacidade para engravidar.

Não é por ter deixado de gerar filhos que a mulher desenvolve o câncer. Ter filhos é o desejo da maioria das mulheres. Não tê-los não é um defeito passível de punição. É conseqüência das muitas circunstâncias da vida, de decisões e opções na vida da mulher.

O que poucas mulheres sabem é que existem fatores mais importante do que a história reprodutiva no desenvolvimento do câncer do corpo do útero. Muitas destas mulheres são obesas ou diabéticas. O aumento do peso e a diabetes fazem a incidência do câncer do corpo do útero aumentar de forma exponencial.

A dieta saudável, o controle do peso, a prática de atividades físicas, o controle dos níveis de glicose no sangue são as medidas mais eficazes na diminuição do câncer do corpo do útero.

O câncer dos ovários é doença traiçoeira, Rápida no desenvolvimento e sombria no desfecho, que acomete mulheres de todas as idades. Mas existem dezenas de doenças benignas ou mesmo alterações fisiológicas nos ovários que confundem-se com câncer, e podem levar a grande sofrimento emocional nas suas portadoras.

Avaliar e quantificar o risco destes cistos ou massas ovarianas, é o trabalho essencial do ginecologista dedicado ao tratamento do câncer.

Por fim, o câncer da vulva que acomete mulheres em faixa etária mais avançada. É um
dos cânceres mais negligenciados apesar de acometer uma região externa do corpo e de fácil visibilidade. Começa quase sempre com prurido e pequenas alterações na textura da pele da vulva. Mas é comum nas mulheres mais idosas, terem vergonha de submeterem-se a exames de sua genitália. Isto é o principal fator no retardo do diagnóstico e no agravamento da doença.

O câncer da mulher, como o câncer do homem pode, na maioria das vezes, ser conhecido, evitado, prevenido e tratado precocemente. Pode ser curado.

No tratamento a cirurgia pode extirpar o tumor. As drogas podem matar as células tumorais que circulam ou alojam-se em outros sítios do corpo humano. As irradiações ionizante chegam onde o cirurgião não consegue chegar ou as drogas não conseguem agir sozinhas.

Mas no câncer da mulher, necessário se faz mais do que isto para o tratamento. É preciso desfazer as culpas, aplacar os medos, restaurar a autoconfiança e resgatar a dignidade destas mulheres que tiveram agredidas a sua capacidade de amar, de procriar e de produzir a vida.

Estas mulheres podem recuperar a capacidade de produzir a vida.

A vida dos seus descendentes, e a vida delas próprias!


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INFERTILIDADE - Pontos importantes.

Dr. Paulo Cesar Serafini
Maio de 2010

Dizemos que um casal é infértil quando apresenta falha na obtenção de gravidez bem sucedida após 6 a 12 meses de relações sexuais regulares, sem o uso de método contraceptivo eficaz. A infertilidade no homem se mostra quando ele não produz esperma saudável, já na mulher, quando não produz óvulos hábeis para a ovulação ou quando apresenta alguma condição que a impossibilite de engravidar ou manter a gestação.

Há alguns pontos que podemos destacar:

1- É uma doença que afeta 1 em cada 10 casais em idade fértil.

2- Deve ser investigada e tratada, pois atinge a vida do casal de várias formas.

3- Quando investigar?

a. Mulheres acima dos 35 anos
b. Irregularidade menstrual
c. Histórico de infecção pélvica ou endometriose
d. Homem com suspeita de sêmen de má qualidade

4- O maior número de causas é feminina: Ovariana, Ovulatória, Tubária, Uterina, Endometriose; já no homem: anormalidades na função ou produção de espermatozóides ou obstrução.

5- Deve-se investigar, também, os hábitos do casal em relação a tabagismo, etilismo, qualidade de vida.

6- O tratamento para a infertilidade é feito através das Técnicas de Reprodução Assistida:

a. Baixa complexidade

i. Inseminação Intra-uterina
ii. Coito programado

b. Alta complexidade

i. Fertilização In Vitro

c. Complementar

i. Diagnóstico Genético Pré-Implantacional
ii. Criopreservação: sêmen, óvulos, embriões

7- Na atualidade, a preservação da fertilidade em pacientes com câncer também tem sido muito estudada


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CLIMATÉRIO: O QUE VOCÊ DEVE SABER

Angela Maggio da Fonseca
Vicente Renato Bagnoli
Josefina Odete Polak Massabki
Wilson MaçaYuki Arie
Junho de 2010

O que é climatério?

Climatério é a fase da vida da mulher que ocorre dos 40 aos 65 anos.
Fases da vida da mulher: infância, adolescência, reprodutora, climatério e senilidade.

O que é menopausa?

Menopausa é a última menstruação, a qual ocorre no climatério. O início da menopausa é variável, no nosso meio em geral a última menstruação acontece dos 45 aos 50 anos.
Menopausa precoce ou prematura quando ocorre antes dos 40 anos.
Menopausa tardia quando ocorre após os 50 anos.

Por que ocorre a menopausa?

A menopausa ocorre em decorrência do envelhecimento de todo o organismo e principalmente dos ovários.
Os ovários são estruturas esbranquiçadas localizados ao lado das trompas e do útero. Ao nascer, a mulher traz em seus ovários todos os óvulos que serão liberados durante seus anos reprodutivos. Quando a mulher atinge a menopausa os ovários estão esgotados devido ao desgaste ocorrido na fase reprodutora.
Primeiro a mulher para de ovular e depois de menstruar, porque nesta fase diminuem os hormônios femininos (substâncias produzidas pelos ovários).

Por que desaparecem as menstruações?

As menstruações desaparecem porque os ovários envelhecem e acabam os óvulos.

Na menopausa os hormônios desaparecem?

Nesta fase os ovários mudam a produção hormonal pois ocorre esgotamento dos óvulos e fica só o estroma do ovário. O estroma produz hormônios masculinos (androgênios) que na gordura de todo o organismo são transformados em hormônios femininos estrogênios).

Quais os sintomas mais freqüentes?

Os sintomas são bastante variáveis, enquanto umas mulheres não sentem nada, outras tem várias manifestações como: ondas de calor (fogachos), insônia, batedeira, cansaço, dores nas juntas, depressão, dor de cabeça, vagina seca, ansiedade, dores ósseas, irritabilidade, suor frio , etc.

Por que a vagina seca?

A vagina seca porque diminuindo os hormônios, diminui a lubrificação vaginal. Mas existem soluções como: cremes ou óvulos vaginais contendo hormônios ou lubrificantes.

Por que aumenta a queda de cabelos na menopausa?

Neste período são observadas as seguintes alterações nos cabelos: o embranquecimento que inicia nas têmporas, disseminando, gradualmente pelo couro cabeludo, dependendo da raça e da hereditariedade.
A queda ocorre de maneira difusa pois tornam-se mais finos e quebradiços.

Tenha os seguintes cuidados:

- use pentes grossos e de madeira,
- massageie com as pontas dos dedos todas as noites o couro cabeludo pois ativa a circulação,
- se a queda persistir procure um médico.

Deve-se evitar gravidez na menopausa?

Deve-se evitar até um ano após a parada completa das menstruações. Depois deste período não existe mais risco de engravidar. Existem várias opções para evitar gravidez nesta fase, entre elas: o DIU (dispositivo intra-uterino), o diafragma anel de borracha colocado antes da relação e retirado 8 horas após o coito), geléias espermicidas. A tabelinha deve ser evitada, assim como o controle do muco, pois nesta fase são comuns as alterações menstruais. As pílulas e as injeções com hormônios podem ser utilizadas em alguns casos, sempre sob supervisão médica.

Câncer de mama: os riscos aumentam?

A faixa etária de maior mortalidade do câncer de mama está no climatério. Neste período a prevenção do câncer deve sempre ser feita. Além do exame médico, outros exames como a mamografia (RX das mamas) e o ultrassom das mamas ajudam na descoberta. Sempre fazer a autopalpação: no banho (sinta se tem algum caroço ou saliência), em frente ao espelho (com os braços caídos e depois erguidos, veja se tem alguma alteração na pele e nos mamilos), deitada (com movimentos circulares em cima e em baixo pressionando e começando de baixo para os mamilos) e apertando o bico (suavemente veja se sangra ou tem líquido).

Câncer do útero é mais freqüente?

Da mesma forma que o câncer mamário, o câncer do útero também tem alta incidência nesta faixa etária.
Os exames periódicos permitem a sua prevenção. Entre estes exames está o ultrassom feito pela vagina.

Os enfartos aumentam nesta fase?

Os enfartos são as principais causas de morte após os 50 anos. O tratamento hormonal previne contra esta doença.

O que acontece com os ossos na menopausa?

Cerca de um terço das mulheres na menopausa tem um processo de enfraquecimento dos ossos (osteoporose) que pode ter conseqüências sérias e pode levar a fraturas.
Existem exames que medem a densidade do osso e assim permitem verificar a perda anual. Um destes exames é a densitometria óssea. Fazendo o controle e o tratamento é possível evitar a osteoporose.

O fumo e a bebida são prejudiciais?

Evite o fumo e procure ingerir o mínimo possível de álcool.
Estará melhorando as condições circulatórias e permitindo melhor aproveitamento do cálcio que evita a osteoporose.

A menstruação pode voltar?

O aparecimento da menstruação depois de um ano da menopausa deve ser motivo de preocupação e o médico deverá ser avisado.

A sexualidade diminui?

O sexo, na verdade, vai depender do que ele significava até esta idade, e não da intensidade dos sintomas físicos, ou seja, quem estava bem sexualmente continuará bem.

Quais os cuidados que devem ser tomados na menopausa?

Na menopausa recomenda-se:

1. Cuidados com a alimentação;
2. Exames periódicos para afastar as doenças, fazer a prevenção do câncer e verificar as condições do osso, das gorduras no sangue, a textura da pele, a lubrificação da vagina, etc;
3. Andar bastante, pelo menos uma hora por dia.

Quais os cuidados com a alimentação?

A dieta deve ser rica em cálcio e pobre em gorduras e açúcares. Devem-se evitar os alimentos ricos em colesterol.
Alimentos não recomendados: leite integral, creme de leite, manteiga, queijos integrais curtidos ou cremosos, frituras, sorvete cremoso, gema de ovo, tortas, bolos, biscoitos, abacate, coco, banha de porco, bacon, chocolates, camarão, miúdos, carne de porco.
Alimentos recomendados: leite desnatado, queijo branco, ricota, iorgute, vegetais verdes, peixes, aves sem pele, carne magra (cozidas, assadas ou grelhadas sem gordura), e muita fruta, principalmente as ricas em água (laranja, melão, melancia, abacaxi).
Beber bastante água. Evitar tomar muito café. Faça refeições leves e frequentes. Diminua o consumo de sal.

Devem-se tomar hormônios na menopausa?

Os hormônios devem ser tomados sempre sob orientação médica. O médico é importante, pois ajuda a entender o que está acontecendo com o seu corpo e encontrar um novo equilíbrio. O tratamento consiste na substituição dos hormônios que os ovários deixaram de produzir.
Importante: não mude o esquema de tratamento por conta própria, qualquer coisa avise seu médico.

Como os hormônios podem ser usados?

Os hormônios podem ser usados na forma de comprimidos por via oral, em injeções por via intramuscular, na forma de cremes (para serem colocados na pele ou na vagina) e na forma de adesivos. Cada tipo tem uma indicação, por isso sempre devem ser usados sob supervisão médica.

Os exercícios físicos são recomendáveis?

Procure fazer exercícios regulares, como caminhada (uma hora por dia, pelo menos). A natação e a dança ajudam a fortalecer os músculos e os ossos. Deve-se evitar os exercícios aeróbicos, pois os ossos estão mais frágeis e podem ocorrer fraturas. Sempre beber bastante água após os exercícios físicos.

O que fazer para retardar o envelhecimento da pele?

Alguns procedimentos poderão ajudar nesta questão; uso de creme hidratante, sobretudo à noite. Alimentação adequada e massagens localizadas.

Quais os resultados esperados do tratamento da menopausa?
Com a reposição hormonal, ocorre redução na frequência e intensidade das ondas de calor, dos distúrbios do sono, alívio dos sintomas vaginais e urinários e retarda o envelhecimento da pele, diminui a ansiedade e irritabilidade.


Os hormônios engordam a mulher na menopausa?

O tratamento com hormônios naturais em doses adequadas não engordam, pelo contrário, estabilizam o peso que tende a aumentar nesta idade.

Os hormônios dão câncer?

Estudando cada caso os médicos têm condições de dar o hormônio adequado para cada mulher e desta maneira não há este risco.

Quanto tempo deve-se tomar hormônios?

A decisão final do tratamento hormonal na menopausa e o tempo que deverá ser tomado devem sempre ser feitos pelo médico, pois só ele poderá avaliar os benefícios, as indicações e as contra-indicações das várias formas de tratamentos disponíveis. Nunca se deve iniciar o tratamento com hormônios pela simples recomendação de amigas ou outras pessoas.

Qual o papel das vitaminas?

As vitaminas principalmente as E, C, B6 e A têm ação antioxidante no metabolismo celular conferindo proteção no envelhecimento e quando há deficiência na ingestão das mesmas.
Não devem ser utilizadas sem orientação médica.

Deve-se mudar os hábitos na menopausa?

Os hábitos não devem ser mudados, mas recomenda-se: usar roupas leves, procurar ficar em ambientes frescos e ventilados, evitar banhos muito quentes, procurar urinar com mais freqüência e sempre tentar segurar a urina no meio da micção, treinando assim a musculatura da uretra.

Menopausa é o fim da vida?

Não, pelo contrário, como nesta fase a vida já está estabilizada procure o convívio social, aproveite para fazer o que você não teve oportunidade de fazer antes em virtude de afazeres domésticos como: cursos, viagens, danças e outros lazeres. Aproveite para ser feliz.

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Fitomedicamentos em Ginecologia

Ceci Mendes Carvalho Lopes
Presidente da SOBRAFITO
Junho de 2010

O uso de tratamento de doenças com plantas data dos primórdios da humanidade. Das inúmeras fontes vegetais em que se reconhecem propriedades terapêuticas, muitas são utilizadas até hoje, sem contar os numerosos fármacos derivados de insumos vegetais.

No entanto, muita confusão se faz em relação a como se usam essas plantas. Não se pode considerar que seja a mesma coisa utilizar-se um chá, ou pó de alguma parte do vegetal, ou uma tintura, ou ainda um extrato. E mais, como são empregadas tanto popularmente, como por profissionais da saúde, muitas vezes nem se sabe qual a diferença entre essas formas de uso. Sem contar as inimagináveis modificações em função de qual a parte vegetal utilizada, de qual planta foi retirada, em que solo foi cultivada, em que condições foi colhida e armazenada, e muitas outras questões. E até mesmo se se está utilizando a planta certa, uma vez que muitas espécies se assemelham, e os nomes com que são chamadas às vezes se prestam a grandes confusões.

A falta de controle farmacológico e toxicológico pode gerar desde a total inocuidade até efeitos adversos inúmeros. E este é o principal motivo pelo qual se devem seguir normas rígidas de licença de produção e comercialização. Assim, é mister lutar-se pela difusão dos fitomedicamentos, ou seja, de produtos preparados a partir de plantas, em que se isolam as substâncias ativas, determinando uma PADRONIZAÇÃO, conhecendo seu PRINCÍPIO ATIVO, determinando seu MARCADOR BIOQUÍMICO e estabelecendo a forma de apresentação e regulamentos para sua prescrição. Em última análise, todos os critérios utilizados para todos os medicamentos. Incluindo-se o devido registro nos órgãos oficiais competentes, ou seja, no Brasil, na ANVISA.

Grande parte dos medicamentos de uso corrente ou são fitoterápicos, ou são originados deles, com modificações que possibilitam maior comodidade de uso, ou associações. Já existem no nosso receituário usual, e frequentemente nem nos damos conta disso. Incluem-se antiespasmódicos, cremes vaginais, tranquilizantes, fitormônios, quimioterápicos, e tantos outros. Por exemplo, a Aspirina (a partir de salicilatos da Salix alba), a Escopolamina, a Beladona, derivados opiáceos, os digitais, derivados da Digitalis purpúrea, sem contar quimioterápicos, como a Vincristina e a Vinblastina, derivados da vinca, e tantos mais. Pela regulamentação em curso, não são mais considerados fitomedicamentos, porque ou alterados na forma ou associados a outras substâncias ou utilizados como substância química isolada. Mas são provenientes de vegetais.

Fitoterapia em Ginecologia

Muitas são as aplicações em ginecologia. Nas vulvovaginites, o Schinus therebinthifolius Raddii (aroeira vermelha) é um excelente exemplo. Existe gel vaginal comercial, eficaz contra vaginose bacteriana, tanto quanto imidazólicos(4). A Matricaria recutita L. (camomila), usada como chá como calmante, ou para banho (pela sua atividade antiinflamatória e antisséptica). Existem produtos comerciais, como creme e em gotas. A Hamamelis virginiana, com ação analgésica e antiinflamatória eficaz, da qual não há preparado medicinal comercial disponível, embora haja vários produtos, mas como cosméticos. Sugestão: formular loção com destilado a 10%.

Outra indicação comum de fitoterápicos é na tensão pré-menstrual (TPM) em que é freqüente a prescrição de cápsulas com óleo de borragem (Borago officinalis) ou de prímula (Oenotera biennis), das quais há vários produtos disponíveis. Ou ainda de pimenta dos monges (Vitex agnus castus), que também é encontrada em várias apresentações, e que também tem outras indicações terapêuticas, como galactorréia, distúrbios menstruais, e outras.

Mas, nos dias atuais, grande destaque se tem dado ao tratamento no climatério.
O hipoestrogenismo do climatério pode produzir sintomas desconfortáveis, que comumente se acompanham de alterações metabólicas. Assim, pode requerer tratamento, para propiciar maior bem-estar. O tratamento hormonal (TH) tem sido a principal escolha, mas muitas mulheres podem ter contraindicações ao seu uso, ou buscam tratamentos alternativos, que consideram mais naturais, ou com menor risco. Muitas já relatam fazer uso de chás ou de complementos nutricionais. Em muitos países, os produtos fitoterápicos são de venda livre, dispensando receita médica. Obviamente, convém recomendar ajustes no estilo de vida: higiene mental, atividade física e hábitos nutricionais mais protetores. Com essas medidas, pode-se minimizar a necessidade de medicamentos, que não são desprovidos de riscos e efeitos adversos. E entre as recomendações nutricionais tem tido destaque os alimentos contendo antioxidantes e também fito-hormônios, especialmente os derivados de soja, como alternativa ao TH, porque parecem apresentar a vantagem de oferecerem baixo risco de efeitos indesejáveis.

Fito-hormônios existem em alimentos, não tendem a se acumular na cadeia vital e são eliminados rapidamente do organismo. Entre eles estão especialmente as isoflavonas e lignanas. As isoflavonas, especialmente genisteína e daidzeína, são encontradas em leguminosas, como grão de bico, soja, (e em muitos dos produtos derivados da soja). As lignanas são constituintes da parede vegetal, e são bioativadas pela atividade bacteriana intestinal. Estão disponíveis em vários produtos, especialmente em sementes oleaginosas, como o linho.
Isoflavonas (genisteína e daidzeína) são os componentes de maior interesse, na soja, e atuam no metabolismo dos lipídios, proteção contra perda de massa óssea, além do efeito estrogênico(53). Embora muito menos potentes que o 17--estradiol, competem pelos receptores hormonais, agindo como antiestrogênios, se o nível estrogênico da usuária for alto, mas agindo como estrogênios, se o nível destes for baixo (justamente porque, nessas circunstâncias, há maior disponibilidade desses receptores). Têm especial afinidade pelos receptores estrogênicos do tipo , o que lhes confere um papel de certa forma protetor(44). Sua ação estrogênica pouco potente é compensada pela sua disponibilidade, no organismo, muito maior. Podem ser encontradas em níveis séricos até acima de 10000 vezes mais que os estrogênios(6). A ação das isoflavonas sobre os níveis hormonais é modesta, embora detectável.

A constatação de que as isoflavonas tendem a se ligar aos receptores estrogênicos, mas preferentemente aos receptores do tipo (13; 41), permite classificá-las como verdadeiros moduladores específicos dos receptores hormonais (SERMs).

Estudos epidemiológicos demonstram que mulheres com dieta com alto teor de soja apresentam menos ondas de calor no climatério (35; 48). Esse dado foi confirmado em estudos clínicos com produtos nutricionais (2; 7; 43; 52) e também com isoflavonas isoladas(50; 58).

Numerosos estudos em animais e em humanos demonstram seus efeitos benéficos sobre a resitência a insulina, sobre a lipidemia, sobre o sistema circulatório. Os estudos sobre a saúde óssea, embora demonstrem alguns resultados favoráveis, inda deixam muitas questões em aberto.

Estudos epidemiológicos demonstram, em mulheres asiáticas, menor incidência de câncer de mama, cerca de duas a três vezes menos que a das ocidentais, bem como o câncer de próstata, nos homens dessas populações é seis vezes menos freqüente que entre americanos(8). Sabe-se, também, que mulheres japonesas, que têm níveis de câncer mamário dos mais baixos no mundo, ao migrarem para os Estados Unidos e assumirem os hábitos americanos, passam a ter incidência igual à das mulheres americanas. Um fator que poderia explicar esse fato é a dieta rica em soja, no oriente, contrapondo-se à dieta ocidental, rica em gorduras(59).

A soja parece ter efeito protetor sobre o endométrio, mas também não afeta a troficidade vaginal(59). Esse fato parece dever-se à afinidade das isoflavonas de se unirem aos receptores estrogênicos de um tipo, mais do que aos outros receptores. O fato de não melhorar o trofismo genital é um dos pontos que tem sido colocado em questão quando se pensa em utilizá-la como medida terapêutica.

Há redução de incidência de outros tipos de câncer, como o de próstata e o do colon, com soja. A genisteína foi proposta para o tratamento de câncer de bexiga, o melanoma e a leucemia(46).

Os prováveis mecanismos pelos quais as isoflavonas ofereceriam essa proteção contra o câncer, não só de mamas, mas de outros tipos, podem ser vários, incluindo atividade antioxidante, interferência com enzimas, indução de apoptose nas células cancerosas, antagonismo a receptores hormonais, etc (44; 46).

A actéia, snake root, black cohosh (Cimicifuga) era utilizada pelas populações indígenas americanas. A Comissão E, órgão oficial alemão dos serviços de saúde, aprovou o seu uso, na dose de 40mg 2 vezes ao dia, para síndrome pré-menstrual, dismenorréia e menopausa, tanto em comprimidos como em líquido(34; 56). Recomendada também para sangramento vaginal, depressão, tensão nervosa, cólica menstrual(52). Contém ácido salicílico, ácido tânico, ácido isoferúlico, fitoesteróis, alcalóides. Dependendo da dose, pode causar náusea, vômito, contrações uterinas e bradicardia(56). Alguns estudos mencionam que contém isoflavona em pequena quantidade (formononetina), que se ligaria aos receptores estrogênicos in vitro, porém os preparados usualmente empregados, extratos alcoólicos, a suprimem. Estudos clínicos demonstram que o extrato dessa raiz inibe o LH em menopausadas. É usada para melhorar a instabilidade emocional no climatério(36). Estudo sugere que possa causar hiperplasia de endométrio, se utilizada sem a oposição progestacional(52). Em trabalhos mais recentes, tem sido questionada sua ação hormonal, e defendida a idéia de que sua interferência benéfica poder-se-ia dever a mecanismo não hormonal, e tem sido comparada aos SERMs(34; 63).

Revisão dos trabalhos publicados desde 1956 até 1997 concluiu que o extrato das raízes de Cimicifuga racemosa é eficaz no tratamento de vários distúrbios femininos, em especial dos sintomas climatéricos, com poucos efeitos adversos, leves e transitórios, geralmente queixas digestivas(33).

Estudos em humanos mostram resultados também sugestivos de atividade metabólica significativa, com tendência a elevação de triglicerídios semelhante à dos estrogênios, não aumentando a espessura endometrial (ao contrário do que ocorreria com estrogênios), elevação discreta do número de células vaginais superficiais (muito menos que estrogênios), e, através de marcadores do metabolismo ósseo, demonstrou-se diminuição da perda óssea, bem como elevação da formação óssea. Autores concluem que a Cimicifuga tem uma ação equivalente à dos SERMs(64).

Alguns autores preferem dizer que a Cimicifuga é um fito-SERM. Parece não exercer efeito semelhante ao estrogênico em tecido mamário, do mesmo modo que em vagina ou útero(34), podendo ser utilizada em mulheres com antecedente de câncer de mamas. Tratamento com tamoxifeno associado, ou não, a Cimicifuga, em 136 mulheres tratadas por esse tipo de câncer, mostrou redução significativa dos sintomas vasomotores nas usuárias de Cimicifuga, favorecendo seu bem-estar(41).

Embora historicamente a Cimicifuga tenha sido utilizada por períodos longos, como a grande maioria dos trabalhos é de curta duração, a Comissão E (entidade germânica que tem por meta estabelecer parâmetros para o uso de fitoterápicos, atualmente incorporada a outra entidade, com abrangência européia, a ESCOP) a recomenda por até 6 meses. No entanto, não há propriedades tóxicas ou mutagênicas descritas, quer em humanos, quer em animais. Assim, tem sido prescrita e utilizada no tratamento dos problemas da menopausa(31). De qualquer modo, devem ser realizados trabalhos mais longos, em humanos, para dar maior embasamento a seu uso.

Tivemos, por algum tempo, regulamentado no Brasil, medicamento à base de Trifolium pratense, o trevo vermelho, planta nativa da Oceania, porém esse medicamento perdeu o registro na ANVISA por falta de estudos.

É comum a menção popular ao uso de chá de folhas de amora (Morus nigra), em nosso meio, porém não há estudos nesse sentido.
Plantas produtoras de óleos

Ácidos graxos essenciais (EFAs) são substâncias necessárias ao bom funcionamento do organismo, mas não são produzidas por ele, e sim fornecidas através da dieta(14).

São constituídos por cadeias hidrocarbonadas com uma ou mais duplas ligações terminando em um grupo carboxila em uma extremidade e um grupo metil na outra. São classificados de acordo com o número de carbonos, posição da primeira dupla ligação e número de duplas ligações. A numeração da primeira dupla ligação em relação ao radical metil é designada ômega ( ou n). Quanto maior o número de duplas ligações maior a insaturação. A posição dos átomos de hidrogênio em relação ao carbono torna-os isômeros cis ou trans. Os ácidos graxos trans são encontrados em gorduras industrializadas e parecem aumentar os níveis de LDL-colesterol. Os isômeros cis são os ácidos graxos poliinsaturados de importância biológica(40). Quando o ácido graxo tem uma dupla ligação ele é conhecido como monoinsaturado; com duas ou mais duplas ligações é considerado poliinsaturado.
Os n-6, cujas principais fontes são o óleo de prímula (Oenotera biennis) e de borragem (Borago officinalis), têm demonstrado efeito redutor sobre os níveis de colesterol plasmático, embora exista controvérsia(26; 30; 32). Também foram encontrados efeitos dos n-6 sobre a pressão arterial, em estudos com animais(21; 55) e em humanos(18). Em mulheres hipertensas menopausadas, demonstrou-se redução de pressão sistólica e diastólica, com 3g diárias de óleo de borragem(24). Além disso, têm sido sugeridos para o tratamento sintomático do climatério(52). Em nosso meio, estudo com mulheres cardiopatas menopausadas tratadas com óleo de borragem encontrou melhora significativa no bem estar(23). No HCFMUSP foram estudadas 65 pacientes utilizando óleo de borragem ou placebo, por 6 meses, observando-se melhora quanto a diminuição da capacidade de trabalho e memória, para queixas locomotoras, para depressão e irritabilidade(37).

Um aspecto muito interessante de sua atuação após a menopausa foi observado em pacientes cardiopatas hipertensas, em que se evidenciou redistribuição favorável da gordura corporal, fato que poderia ter repercussão sobre o risco cardíaco(24).
Os ácidos graxos n-3, presentes em peixes de água salgada, e cuja principal fonte vegetal é a linhaça (Linnus usitatissimus), também podem ser úteis no climatério, pois apresentam funções na prevenção das doenças cardiovasculares, tais como redução dos níveis de triglicerídeos, ação anti-trombogênica e redução da pressão arterial(20; 25; 28; 29; 45; 49).

Plantas com atuação sobre o sistema nervoso

No climatério, a sintomatologia ligada a alterações nervosas é ampla: insônia, irritabilidade, ansiedade, depressão.

O Ginkgo biloba exerce ação documentada de vários modos, aumentando a tolerância a hipóxia, inibindo o edema cerebral, pós-traumático ou induzido, e lesões de retina, melhora a memória (efeito discreto) e a capacidade de aprendizagem e ajuda na compensação de distúrbios de equilíbrio, agindo particularmente no âmbito da microcirculação, além de outras ações descritas.

A toxicidade dos extratos de ginkgo é muito baixa e não foram descritos efeitos mutagênicos , genotóxicos e carcinogênicos.

A indicação mais difundida é para o tratamento sintomático de deficits cognitivos devidos a doença cerebral orgânica, abrangendo zumbidos, vertigem, cefaléia, falta de memória, e também distúrbios afetivos, como depressão e ansiedade. Com base nas suas ações farmacológicas e efeitos clínicos, seus extratos têm estreita relação com as drogas nootrópicas. A vantagem reside na menor taxa de efeitos adversos. Pode haver reação por hipersensibilidade, efeitos gastrointestinais, geralmente leves, porém deve-se manter atenção sobre a coagulabilidade sangüínea, pois atua sobre a agregação plaquetária, havendo casos de sangramentos. A interação com outras drogas é sem importância, mas é bom estar atento ao uso concomitante de aspirina, que seria um fator de aumento de risco hemorrágico(51).

O Hypericum perforatum contém várias substâncias ativas, denominadas hipericinas, e a hiperforina, que parece ser mais potente que as hipericinas, na depressão, sua indicação básica. Como não possui efeitos agudos e imediatos, não deve ser utilizado quando se deseja ação pronta, como é o caso da indução do sono. Pela mesma razão, só tem indicação para casos de depressão leve a moderadamente grave e transitória.
Tem interação com anticoagulantes, especialmente os cumarínicos, reduzindo sua atividade, e também quanto a ciclosporina e indinavir. Isso deve ser levado em conta nos pacientes usuários dessas prescrições. Há descrição de interações menos graves com amitriptilina, teofilina e digoxina, reduzindo seu efeito(51). Há contra-indicação para diabéticos(57).

Pode ser considerado uma boa opção de escolha para pacientes com sintomas adversos com o uso de antidepressivos tricíclicos..

A kava (Piper methysticum) é conhecida no mundo ocidental desde o século XVIII. Seus efeitos devem-se à ação das cavapironas (cavalactonas), que agem como relaxantes musculares e anticonvulsivantes. Perifericamente, atuam como anestésicos locais, com efeito comparável ao da cocaína e benzocaína. Possuem ação inibidora da monoaminooxidase (MAO-B) e interferem com receptores do GABA-A.

Efeitos tóxicos, em humanos, só com doses exageradamente altas: ataxia, brotoejas na pele, queda de cabelo, coloração amarelada na pele e esclerótica, amarelamento de unhas, hiperemia ocular, dificuldade de acomodação visual, hipoacusia, disfagia, problemas respiratórios, perda de apetite e perda de peso(51).

Em mulheres tratadas para amenizar sintomas da menopausa, observou-se melhora significativa já após uma semana, estabilizando-se após 4 semanas, tratando por 2 meses. Os resultados foram altamente significativos(62). Vários outros estudos, com doses, tempos e métodos diferentes permitem chegar a conclusões semelhantes.

É indicada para ansiedade leve, com ação comparável à das benzodiazepinas, não se tendo descrito dependência física ou psicológica, o que seria uma vantagem indubitável. Seu custo, no entanto, pode ser um pouco mais alto, pelo fato de a provisão de seus insumos ser difícil, por ser cultivada em área muito restrita.

A valeriana é utilizada no controle de agitação nervosa e distúrbios do sono, com poucos efeitos adversos. A planta mais estudada e utilizada é a Valeriana officinalis, mas há outras espécies utilizadas, como a Valeriana edulis, a Valeriana japonica e a Valeriana indica, cujo uso se baseia na prática, sem a tradição e a experiência da medicina européia. Estudos sobre farmacologia e toxicologia são controversos, porque seus componentes são muito numerosos, não se tendo definido quais os constituintes são os responsáveis pelos seus efeitos. Observaram-se ações sobre o comportamento, anticonvulsivos, estimulantes da secreção GABA nas sinapses. Efeitos citotóxicos aparentemente só existem in vitro, não tendo sido detectados, em animais, mesmo em doses muito altas. Não se observaram efeitos nos conceptos de animais em gestação, porém como há estudos que demonstram potencial mutagênico de valepotriatos em bactérias, recomenda-se o uso, em humanos apenas de preparados pobres em valepotriatos.

A indicação de valeriana se faz para nervosismo e distúrbios do sono. Não há contra-indicações, efeitos colaterais ou interação com outras drogas relatados na monografia da Comissão E. Há cefaléia e sonolência matinal em 5% dos pacientes(60).

Não há evidência de que cause dependência e nem ressaca de sedação, respostas prejudicadas, insônia de retrocesso. Sugere-se evitar uso prolongado, que poderia trazer cefaléia e agitação(57). Além dos produtos comerciais contendo somente valeriana, em nosso meio existe um que associa valeriana e Humulus lupulus, o lúpulo, que potencializa seu efeito.

Utilizam-se as folhas da espécie Passiflora incarnata (maracujá), cujos constituintes principais são flavonóides, cumarina e umbeliferona. Tem sido contestada a ação de alcalóides presentes na planta. Em humanos, extrato de Passiflora edulis produziu efeito sedativo hipnótico, mas houve efeito hepato e pancreatotóxico(51). A passiflorina tem ação semelhante à da morfina, mas não deprime o sistema nervoso central. Tem ação sedativa, tranqüilizante e antiespasmódica da musculatura lisa. Pode potencializar efeitos do álcool, de anti-histamínicos, do sono induzido pelo pentabarbital e dos efeitos analgésicos da morfina. Pode ainda provocar bloqueio parcial do efeito de anfetaminas. O uso das folhas na forma de chá inclui o risco de intoxicação cianídrica, no caso de doses exageradas (57).

Em nosso meio, há produtos comerciais que associam Passiflora a outros fitoterápicos. A indicação é usualmente para ansiedade, insônia, irritabilidade, distúrbios neurovegetativos, hipertensão arterial leve, climatério. Não se registram contra-indicações.

Considerações finais

Muitas são as plantas que podem ser úteis no tratamento ginecológico. Entre as plantas e seus produtos que vêm sendo objeto de pesquisa, algumas se destacam, com bons resultados, e com dados epidemiológicos evidentes. No entanto, muitos estudos são de curta duração, com populações pequenas, e alguns chegaram a resultados contraditórios.

Devemos buscar mais dados que nos levem a conclusões, e isso só é possível com mais pesquisa, empenho e dedicação.

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Endometriose

Luiz Flávio Cordeiro Fernandes, Sérgio Podgaec, João Antônio Dias Jr, Patrick Bellelis, Mauricio Simões Abrão.
Setor de Endometriose da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Julho de 2010


Considerada uma doença da mulher moderna, a endometriose caracteriza-se pela presença do endométrio fora do útero. O endométrio corresponde ao tecido que reveste a parte interna do útero, preparando-o para receber o embrião quando ocorre a gestação. Quando isso não ocorre, este tecido se descama e é eliminado através da menstruação. Na endometriose, este tecido se implanta fora do útero, podendo se instalar nos ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Isso faz com que a doença seja tratada de maneira multidisciplinar, ou seja, por especialistas de diversas áreas da Medicina.

Algumas teorias apontam as causas do aparecimento do endométrio fora do útero. A mais conhecida é a “menstruação retrógrada”, que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado para dentro da cavidade abdominal. Outra teoria muito considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Outra hipótese estuda a transformação de células, que assumem as características do endométrio, fora do útero. Também devemos lembrar que existe um risco familiar hereditário aumentado.

Quanto aos sintomas, a endometriose pode causar dores intensas no período menstrual, como cólicas que chegam a atrapalhar a rotina das mulheres, além de dores durante as relações sexuais, dor em baixo ventre sem relação com a menstruação, dificuldade para engravidar e alterações do hábito de urinar (dor para urinar) e do intestino (dores ao evacuar, diarréia, sangue nas fezes) durante o fluxo menstrual.

No Brasil, estima-se que cerca de 6 milhões de mulheres têm endometriose. No entanto, por ser uma doença que apresenta diferentes sintomas em cada mulher e que pode ser assintomática, o diagnóstico da endometriose pode demorar em média 7 anos, entre o início dos sintomas e a descoberta da doença. Em pacientes com 20 anos ou menos, esse tempo é ainda maior, de cerca de 12 anos.

Endometriose na Adolescência

Cólicas fortes na adolescência podem indicar endometriose e devem ser avaliadas por um ginecologista, principalmente se houver histórico familiar. Desde a primeira menstruação, a doença pode se manifestar e progredir lentamente até a idade adulta, quando os sintomas podem se tornar mais evidentes. Quanto mais precoce o diagnóstico, menor será a chance de complicações futuras, que podem ir desde agravamento da doença até alterações comportamentais, problemas psicológicos e de relacionamento interpessoal.

No Brasil, estima-se que 70% das adolescentes com dor pélvica sem resposta ao tratamento clínico convencional, com medicação, possam ter endometriose. Assim, é indicado que este grupo de mulheres se submeta ao diagnóstico da doença. O fator que irá determinar qual a forma mais adequada de diagnóstico será o exame clínico das pacientes feito por um especialista e exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância nuclear magnética.

Diagnóstico e Tratamento

O Brasil é dos principais centros de excelência no diagnóstico e tratamento da endometriose. Os especialistas brasileiros foram pioneiros no desenvolvimento de formas de diagnóstico por imagem da doença, como o aprimoramento do ultrassom transvaginal com preparo intestinal para este fim.

O diagnóstico da endometriose pode ser feito das seguintes formas:

- Clínico
- Laboratorial
- Imagem

Os métodos mais utilizados e eficazes são a Laparoscopia, o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética.

O tratamento pode ser:

- Cirúrgico
- Clínico
- Combinado

O tratamento cirúrgico visa retirar os focos de endometriose do organismo da paciente. É comum que após a cirurgia o acompanhamento seja clínico, com o uso de medicamentos que irão controlar a produção hormonal e, consequentemente, manter a endometriose sob controle.


Endometriose e a Mulher Moderna

Antigamente, as mulheres menstruavam menos, cerca de 40 vezes durante seu período reprodutivo, pois engravidavam mais vezes. Isso inibia o desenvolvimento da endometriose. Hoje, a mulher tem cerca de 400 menstruações durante este período. Além disso, fatores associados à mulher e a sociedade moderna, como o estresse e a ansiedade, além de componentes ambientais como a poluição, também podem estar relacionados à incidência da doença.

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Síndrome dos ovários policísticos e atividade física.

Daniela Cury
Agosto 2010


A Síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das doenças endócrinas mais comuns na mulher durante a idade reprodutiva, acometendo, em média, 10% de todas as mulheres durante este período.
A SOP se caracteriza pela presença de irregularidade menstrual, aumento dos pêlos e/ou acne, pequenos cistos nos ovários detectados ao ultrassom, alterações hormonais, infertilidade e ganho de peso em até metade dos casos. Nem todas estas características estarão presentes em todos os casos, cabendo ao especialista o diagnóstico.

A mulher com SOP acumula mais gordura em volta dos órgãos abdominais (denominada gordura visceral), devido às alterações hormonais decorrentes da síndrome, particularmente um hormônio denominado insulina. Esta gordura visceral aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes, distúrbios do colesterol e triglicérides e hipertensão arterial, levando ao aumento do risco de infarto e acidente vascular cerebral (derrame).

Em até 50% das mulheres com SOP pode ocorrer ganho de peso, mas o fato do peso estar dentro da normalidade não afasta o risco. Mesmo as mulheres magras com SOP apresentam maior acúmulo de gordura visceral quando comparadas a mulheres com o mesmo peso sem a SOP.

Para todas as mulheres com SOP, independente do peso, a primeira orientação para o tratamento deve ser a reeducação alimentar e atividade física. A reeducação alimentar é a principal responsável pela redução do peso. A atividade física evita o ganho de peso, diminui a concentração de insulina (diminuindo a gordura visceral e suas consequências) e contribui para o aumento do HDL-colesterol (“colesterol bom”), que proteje as artérias.

Preconiza-se uma frequência de, pelo menos, três vezes por semana, com duração mínima de quarenta minutos, incluindo exercícios localizados e aeróbicos (caminhada, corrida, bicicleta), porém, idealmente, devem ser diários. O alongamento deve sempre ser realizado antes e após os exercícios. A atividade física em excesso, ao contrário do que se pensa, pode levar a danos, por isso, o recomendado é que se aumente o tempo e frequência dos exercícios lenta e gradualmente.

Cada caso deve ser avaliado individualmente por um especialista para que o exercício seja praticado corretamente, evitando lesões articulares e riscos cardíacos com a prática excessiva.

Muitas vezes, o uso de medicamentos se torna necessário e, nestes casos, só o médico pode dizer qual o melhor tratamento a ser realizado.

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PROLAPSO GENITAL - 10 pontos essenciais.

Dra Laís J. Yassuda Yamakami
Maio de 2010

Comentário do Editor

Prolapso genital é o nome dado a todos os problemas relacionados à queda dos órgãos que ficam na cavidade pélvica (o espaço inferior, dentro da bacia óssea, que contém a bexiga, útero, vagina, parte final do intestíno e ânus). Os músculos e ligamentos que “fecham” a mulher por baixo e dão suporte a todos esses órgãos compõem o que chamamos em medicina de Assoalho Pélvico - o “chão onda eles se apoiam. Essa musculatura e esses ligamentos sofrem o envelhecimento e perda da elasticidade e geram uma série de problemas. Abaixo a Dra. Laís Yamakami lista 10 pontos essenciais sobre os problemas que podem acometer as mulheres nesse aspecto de sua saúde.



1- O prolapso genital é o que se chama popularmente de “bexiga baixa” ou “útero caído”. É uma doença benigna que ocorre por uma fraqueza da estrutura (músculos e ligamentos) da pelve da mulher.

2- O prolapso genital pode levar a sensação de bola na vagina, peso na vagina, vagina larga, além de dor na região pélvica.

3- Pode haver sintomas urinários associados, como perda de urinar, urgência para urinar, aumento da freqüência de idas ao banheiro durante o dia ou à noite, além de dificuldade de esvaziar a bexiga.

4- Podem ocorrer sintomas intestinais, como dificuldade de evacuar e necessidade de colocar o dedo na vagina para conseguir esvaziar o intestino.

5- Pode causar impacto na vida sexual por incômodo tanto da paciente quanto de seu parceiro.

6- O diagnóstico do prolapso genital pode ser feito durante o exame ginecológico.

7- O prolapso genital é uma doença benigna e que é tratada quando causa desconforto e piora da qualidade de vida da paciente.

8- Quando o prolapso não causa desconforto, pode ser feito somente acompanhamento.

9- O tratamento do prolapso é essencialmente cirúrgico e existem diversos tipos de cirurgia que podem ser realizadas dependendo do caso.

10- Quando a paciente não quer ou não pode ser submetida à cirurgia por condições clínicas, existe a opção de tratamento com pessário. O pessário é um anel de borracha que pode ser colocado na vagina para segurar o prolapso.