terça-feira, 20 de março de 2001

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HISTERECTOMIA TOTAL ABDOMINAL, VAGINAL E LAPAROSCÓPICA

Pós-graduando: Sérgio Edgar Camões Conti Ribeiro
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Muniz Ribeiro
Data da defesa: 20/03/2001
Foram estudadas 60 mulheres, divididas em 3 grupos de 20, submetidas a histerectomia total abdomina, vaginal e laparoscópica. Analisou-se o tempo de cirurgia, a perda sanguínea (variação dos níveis séricos de eritrócritos, hemoglobina e hematócrito) e a resposta inflamatória (dosagens de cortisol, proteína C-reativa e interleucina 6). Os tempos médios de cirurgia foram através dos testes não-paramétricos de Kruskal-Wallis e de Dunn. Para avaliação da variação dos níveis séricos dos demais parâmetros estudados utilizou-se a Análise de Variância com medidas repetidas. O tempo de cirurgia foi significativamente menor nas mulheres submetidas à histerectomia vaginal e, não houve diferença significativa entre a histerectomia total abdominal e a histerectomia laparoscópica. Em relação à perda sanguínea, as concentrações de eritócritos apresentaram maior redução após as histerectomias vaginais e menor após as laparoscópicas. As concentrações de hemoglobina apresentaram maior redução após as histerectomias vaginais e a variação de hematócrito foi semelhante nos 3 grupos. Em relação à resposta inflamatória, a elevação dos níveis séricos de cortisol e de proteína C-reativa foi significativamente menor no grupo de histerectomias vaginais e com tendência de ser menr nas histerectomias laparoscópicas comparadas às histerectomias totais abdominais. A elevação dos níveis séricos de interleucina 6 foi significativamente maior no grupo de histerectomia total abdominal e não houve diferença entre os grupos de histerectomia vaginal e histerectomia laparoscópica.

terça-feira, 6 de março de 2001

Doppler com emprego de contraste na diferenciação dos tumores ovarianos.

Pós-graduando: Eduardo Blanco Cardoso
Orientador: Prof. Dr. Jesus Paula Carvalho
Data da defesa: 06/03/2001
O câncer de ovário apresenta novascularização responsável pelo crescimento e invasão tumoral. A ultra-sonografia com Doppler colorido e pulsado, provê informação funcional dinâmica da distribuição dos vasos no tumor e o valor de impedância dos mesmos através da determinação dos Ìndices de Resistência (IR) e Pulsatibilidade (IP). Estes últimos, vem sendo empregados na diferenciação de tumores benignos de malignos. Contudo, o método apresenta algumas restrções associadas à inacessibilidade aos vasos de pequeno calibre, demonstrando baixa sensibilidade para a finalidade pretendida. O advento de substâncias eco-relaçadoras de uso endovenoso permitiram, segundo experiência em outros órgãos, melhor visibilidade dos vasos tumorais, o que poderia auxiliar na diferenciação de processo neoplásico. O objetivo deste trabalho visou diferenciar tumores de ovário benignos de malignos previamente à cirurgia, por meio do Doppler colorido e pulsado e comparar os resultados obtidos antes e após uso de contraste, verificando se houve melhora da sensibilidade diagnóstica com o uso de uso. Foram estudadas 62 mulheres (média etária de 49,9 anos) portadoras de tumores de ovário, 45 benignos e 17 malignos. Todas se submeteram ao exame ultra-sonográfico transvaginal com Doppler. Fez-se a pesquisa de fluxos vasculares arteriais em todas as áreas do tumor, bem como a avaliação da impedãncia dos mesmos atrvés do IR. A localização dos vasos do tumor revelou maior proporção dos tumores malignos com fluxos vasculares internos (64%) do que tumores banignos com tais fluxos (22%). Houve considerável sobreposição destes achados. O emprego de contraste identificou maior número de vasos com comprovação na totalidade dos tumores, mas não melhorou a capacidade do Doppler na diferenciação tumoral. Os tumores malignos exibiram menores valores de IR do que os benignos independentemente do uso ou não de contraste. O valor de corte para IR que melhor maximizou a sensibilidade e especificidade do Doppler foi de 0,55. Mediante este valor obteve-se aumento da sensibilidade após uso de contraste, variando de 47% para 82%, enquanto a especificidade manteve-se estatisticamente equivalente. O emprego de contrsate constitui promissor avanço no intuito de diferenciar tumores de ovário e importantes benefícios podem ser esperados particularmente em pacientes com resultados sub-ótimos ao exame ultra-snográfico convencional com Doppler.