terça-feira, 10 de agosto de 1999

Tratamento de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço através de cones vaginais: avaliação clínica e ultra-sonográfica

Pós-Graduando: Jorge Milhem Haddad
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Muniz Ribeiro
Data de defesa: 10/08/1999
No período de janeiro de 1996 a outubro de 1997 foram estudadas 25 mulheres com incontinência urinária de esforço atendidas na Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Setor de Uroginecologia do Centro de Referência da Saúde da Mulher e Nutrição, Alimentação e Desenvolvimento Infantil. O objetivo foi o de avaliar o tratamento de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço utilizando cones vaginais nas fases passiva (primeira fase) e ativa (segunda fase), através da queixa clínica, avaliação funcional do assoalho pélvico, "pad test", cone passivo e ativo, posição e amplitude de deslocamento do colo vesical ao ultra-som. Na fase passiva, a paciente introduzia na vagina, o cone de maior peso que resultasse em uma sensação de perda do dispositivo, sem que ocorresse a sua exteriorização, na ausência de contração voluntária da musculatura do assoalho pélvico. A paciente deveria permanecer com este cone na vagina deambulando por 15 minutos, duas vezes ao dia, sem contração voluntária dos musculos do assoalho pélvico. A fase ativa iniciava-se com o cone de maior peso que a paciente era capaz de reter na vagina por período de um minuto com contração voluntária dos músculos do assoalho pélvco. A paciente efetuava 30 contrações voluntária de 5 segundos alteranadas com outros 5 segundos de relaxamento, duas vezes ao dia. Cada fase foi realizada por um período de três meses. Os resultados revelaram que 57,1% das pacientes apresentavam-se curadas ao final do tratamento e 33,3% delas melhoraram e estavam satisfeitas, não solicitando outra alternativa terapêutica. No grupo das pacientes que solicitaram outra alterantiva de tratamento encontrava-se 4,8% das pacientes e este mesmo percentual foi encontrado no grupo das que não apresentaram melhora da perda urinária. Verificou-se também que no final da fase passiva, 8,3% das pacientes apresentavam-se curadas e apenas 4,2% não apresentaram melhora da perda de urina.
Concluímos que, o tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço através de cone vaginal nas fases passiva e ativa foi efetivo, com melhora significativa da queixa clínica. Na fase passiva, houve melhora significativa da avaliação funcional do assoalho pélvico, "pad test", amplitude de deslocamento e posição do colo vesical à ultra-sonografia. Na fase ativa, houve melhora significativa da avaliação funcional do assoalho pélvico e posição do colo vesical à ultra-sonografia. Por outro lado, a melhora nos valores do "pad test"e da amplitude de deslocamento do colo vesical ao ultra-som não foi significativa.

sexta-feira, 6 de agosto de 1999

Efeitos no metabolismo lipídico em usuárias da associação acetofenido de dihidroxiprogesterona 150mg e enantato de estradiol 10mg como método anticoncepcional injetável

Pós-Graduando: Waldyr Muniz Oliva Filho
Orientador: Dr. Nilson Roberto de Melo
Data de defesa: 06/08/1999
Realizou-se estudo prospectivo em 27 mulheres com idade entre 18 e 33 anos, que iniciaram o uso da associação acetofenido de dihidroxigesterona (DHPA) 150mg e enantato de estradiol (EEn) 10 mg como método contraceptivo injetável mensal. Foram analisados os efeitos sobre o metabolismo lipídico antes do uso do contraceptivo e ao final do terceiro, sexto e décimo segundo ciclos, nos seguintes parâmetros: colesterol total, HDL-C, LDL-C, VLDL-C, triglicérides, Índice de Castelli I e II, Apo-A-I, Apo-B e Lp(a). Alterações estatisticamente siginificativas, com nível de erro de 5% (p<0,05) ocorreram: no colesterol total que apresentou diminuição no sexto e décimo segundo ciclos; na LDL-C que mostrou redução no terceiro, sexto e décimo ciclos; Índice de Castelli I que apresentou diminuição no terceiro ciclo e no Índice de Castelli II onde ocorreu redução no terceiro e décimo segundo ciclos. Não foi verificada alteração siginificativa nos valores de HDL-C, VLVL-C, triglicerídeos, Apo-A-I, Apo-B e Lp(a).