terça-feira, 27 de julho de 1999

Estudo dos efeitos da terapia de reposição hormonal sobre a apoptose e a expressão das proteínas bcl-2 e p53 em pele de mulheres pós-menopáusicas

Pós-Graduanda: Joserita Serrano de Assis
Orientador: Prof. Dr. Paulo Levy Schivartche
Data da defesa: 27/07/1999
Dezenove mulheres pós-menopáusicas foram aleatoriamente divididas em dois grupos, conforme uso de placebo (Grupo A - nove mulheres) ou tratamento hormonal (Grupo B - dez mulheres) durante seis meses. Os grupos foram investigados quanto à quantidade de células apoptóticas e quanto à expressão das proteínas bcl-2 e p53 em biópsias de pele realizadas antes e no sexto mês de experimento. Para a quantificação de células apoptóticas na pele, foi empregada a reação de TUNEL. A expressão de bcl-2 e p53 foi estudada por reação imuno-histoquímica, utilizando-se anticorpos monoclais. Os grupos mostraram-se homogêneos com relação à idade e raça; entretanto, as mulheres do Grupo B apresentaram tempo de menopausa significativamente maior. Os resultados apontaram que terapia de reposição hormonal durante seis meses não interferiu significativamente na quantidade de células apoptóticas na epiderme de mulheres pós-menopáusicas. Foram negativas as reações para expressão das proteínas bcl-2 e p53 em todos os casos.

terça-feira, 20 de julho de 1999

Achados colposcópicos e citológicos do colo uterino de mulheres de acordo com o tempo de menopausa e na vigência de terapêutica para reposição hormonal

Pós-Graduanda: Domiciana Moreira de Melo Guerra
Orientador: Dr. José Roberto Filassi
Data da defesa: 20/07/99
Foram estudadas 92 mulheres com pelo menos um ano da menopausa para avaliação dos achados colposcópicos epiteliais e vasculares, medidas da espessura vesical e abertura do orifício externo. Foram tratadas e seguidas 42 mulheres, sendo 31 com reposição hormonal e 11 com palcebo. A análise estat'sitica dos dados foi realizada com teste do Qui-quadrado e Teste exato de Fischer, para achados colspocópicos e citológicos e teste t-student, Mann-Whitney e ANOVA, para abertura do oríficio cervical e espessura do colo. As correlações entre esses elementos, o tempo de menopausa, faixa etária e atividade sexual foram realizadas através do coeficiente linear de Pearson. Concluiu-se que os achados colposcópicos correlacionam-se positivamente com o tempo de menopausa, faixa etária e atividade sexual. Após 5 anos da menopausa observa-se, na maioria das mulheres, epitélio escamoso original hipotrófico ou atrófico, a junçãop escamocolunar não visível e o teste de Schiller irregular ou iodo-claro. Após 8 anos, o muco é escasso ou ausente e há maior frequência de hemorragia subepitelial ou petéquias. A partir da quinta década, a idade atua sinergicamente com o tempo de menopausa. A atividade sexual desempenha papel contra a atrofia cervical apenas nos primeiros cinco anos após a última menstruação. Os achados citológicos demonstraram que o material colhido pode ser adequado independentemente da idade. A terapêutica de reposição hormonal melhora as condições epiteliais do colo uterino e a produção de muco, tornando a colposcopia mais sensível e confiável para as mulheres, após a menopausa.

terça-feira, 6 de julho de 1999

Estudo do fator de crescimento insulina-símile (IGF-I) em mulheres após a menopausa, sob terapêutica de reposição hormonal

Pós-Graduando: Hilton José Pereira Cardim
Orientadora: Drª. Ceci Mendes Carvalho Lopes 
Data de Defesa: 06/07/1999


O fator de crescimento insulina-símile (IGF-1) é um potente agente mitótico, com propriedades semelhantes às da insulina, que estimula o crescimento de células de vários tecidos, tais como os osteoblastos, e células neoplásicas, inclusive às do câncer de mama. Sua ação é regulada por seis proteínas transportadoras (IGFBPs). Após a menopausa, ocorre diminuição da secreção de IGF-I. A reposição hormonal com estrogênios por via oral inibe a síntese hepática de IGF-I, enquanto que, a via transdérmica não altera ou até aumenta a concentração de IGF-I total. Pouco se sabe sobre a influência dos progestágenos e a secreção de IGF-I. As concentrações de IGF-I livre também não foram estudadas em pacientes sob terapêutica de reposição hormonal. O presente estudo avaliou quatro grupos de pacientes após a menopausa com esquemas de reposição hormonal diferentes: pacientes sob uso de estrogênios conjugados via oral (Grupo 1); sob uso de 17 b-estradiol transdérmicos (Grupo 2); sob uso de estrogênios conjugados e noretisterona via oral (Grupo 3); sob uso de 17 b-estradiol e acetato de noretisterona transdérmicos (Grupo 4). Foram realizadas dosagens de IGF-I total e livre, IGFBP-1, IGFBP-3, colesterol total, HDL, LDL, triglicérides, glicemia de jejum, insulina, além de densitometria de composição corporal. O Grupo 1 apresentou diminuição do IGF-I total, aumento do IGF-I livre e de IGFBP-1; e não alterou a composição corporal. O Grupo 2 não sofreu alterações de IGF-I total e livre, nem de IGFBP-1. Houve aumento de massa magra e da gordura tecidual nos braços, bem como da densidade mineral óssea da pelve. No Grupo 3, houve aumento de IGF-I livre e IGFBP-1, com IGF-I total e composição corporal inalterados. No Grupo 4, houve aumento de IGF-I livre, enquanto que IGFBP-1 e IGF-I total permaneceram sem alterações. Houve aumento da massa magra e da gordura tecidual nos braços. Não foram observadas alterações nas concentrações de IGFBP3 em nenhum dos grupos. Os resultados mostram que, conforme a via de administração, pode haver mudanças no IGF-I total; e aumento da fração livre de IGF-I, exceto pelo grupo tratado com estrogênios transdérmicos. Discutem-se as possíveis implicações no risco da carcinogênese da mama.

sexta-feira, 2 de julho de 1999

Estudo de parâmetros clínicos e histopatológicos em mulheres com carcinoma invasivo da vulva relacionados ao papilomavírus humano

Pós-Graduanda: Valéria Holmo Batista Tuffi
Orientador: Prof. Dr. Jorge Saad Souen
Data da defesa: 02/07/1999
Estudaram-se 104 pacientes com carcinoma epidermóide invasivo da vulva. Em 42,3% das pacientes detectou-se o DNA viral (HPV positivas) pela técnica de "dot blot" e 57,7% foram negativas. Estes grupos foram correlacionados com parâmetros clínicos e histológicos. Os resultados permitiram concluir que as pacientes HPV positivas eram mais jovens do que as HPV negativas. Os tipos histológicos condilomatoso e basalóide estiveram significativamente relacionados com o DNA do HPV, com a NIV e também com a história anterior de neoplasia do colo do útero. As pacientes com NIV circunjacentes ao tumor eram mais jovens. Todos os tipos de HPV foram de alto risco, sendo o 16 o mais encontrado. A histologia mostrou baixa sensibilidade e alta especificidade em relação ao "dot blot".