terça-feira, 22 de junho de 1999

Vídeo-endoscopia transvaginal no estudo dos cistos pélvicos benignos

Pós-Graduanda: Joji Ueno
Orientador: Dr. Eduardo Shoichi Tomioka
Data de defesa: 22/06/1999
A utilização de uma nova técnica de vídeo-endoscopia para os tumores pélvicos benignos, por via vaginal, foi o objeto do presente estudo. O esclarecimento diagnóstico pré-operatório dos cistos pélvicos, notadamente os ovarianos, constitui-se no princípio básico desta técnica. A comparação dos achados foi efetuada através da videolaparoscopia convencional. Para tanto, foram estudadas 33 pacientes com diagnóstico clínico e ultra-sonográfico de tumor pélvico. Após anestesia geral e intubação orotraqueal, introduziu-se óptica 1,2 mm através do fundo-de-saco vaginal, com a possibilidade de biópsia dirigida. Atingiu-se o interior do cisto com auxílio de ultra-sonografia transvaginal para orientação do trajeto da punção. O conteúdo do cisto foi então aspirado e substituído por soro fisiológico, glicina a 1,5% ou manitol a 3%. O interior foi examinado e a imagem gravada; não foram observadas quaisquer complicações. Procedeu-se subsequentemente a biópsia da parede interna, obtendo-se 1 a 3 fragmentos. Material adequado para histologia foi obtido de 27 dentre as 33 pacientes. Naquelas, os fragmentos foram suficientes para o diagnóstico da natureza benigna do tumor. Os resultados entre a biópsia intracística e a análise histopatológica da peça operatória foram concordantes em 25 (92,5%) das 27 analisadas e discordantes em 2 dentre os 4 cistos neoplásicos operados. Assim, a especificidade foi de 50% e a sensibilidade de 100%. Esta técnica foi aplicável especilmente nos casos em que o acesso por via abdominal era difícil, como naqueles que apresentavam pelve bloqueada. A vídeo-endoscopia transvaginal mostrou-se técnica segura e que pode auxiliar no diagnóstico etiológico dos cistos pélvicos.